Resp. Técnico: Dra. Maria de Lourdes T. da Silva  | CRM: 52568 | RQE: 542431

Acessos Venosos

Um dos procedimentos mais realizados no atendimento domiciliar é a terapia infusional. Para que ela aconteça é necessário ter sido instalado um acesso venoso que pode ser central ou periférico.

Deste modo, um acesso venoso e um profissional de saúde habilidoso e bem treinado são imprescindíveis para a execução deste processo tão importante.

No Ganep Lar temos profissionais altamente capacitados para a instalação dos acessos periféricos e uma grande expertise em manipular todos os tipos de cateteres bem como os cuidados com a manutenção e o uso dos mesmos.

Protocolos de segurança são seguidos com rigor para que mantenhamos os menores índices de complicações relacionadas aos acessos venosos.

Pode-se utilizar um acesso venoso periférico para terapias infusionais de curto período ou acesso venoso central quando esta for por longos períodos ou substâncias que necessitam de veias mais calibrosas para serem infundidas.

A manipulação de acessos venosos deve ser realizada por profissionais de saúde capacitados. Cabe ao familiar / cuidador proteger o catéter durante o banho para não molhar.

Os familiares e cuidadores dos nossos pacientes são devidamente orientados também a nos comunicar caso haja alguma intercorrência relacionada ao acesso, e podem contar com tele orientação e atendimento imediato para a garantia de que a via de acesso se mantenha viável.

Tipos de acesso:

Acesso venoso periférico (AVP):

Trata-se de cateter inserido em veias periféricas, geralmente em veias dos membros superiores e em região cefálica em lactentes.

Principais cuidados:

  • Escolha do sítio de inserção: avaliar as condições da rede venosa, idade e diagnóstico. Deve-se evitar extremidades inferiores devido maior risco de complicações, evitar áreas de flexão e próximos a lesões de pele.
  • Punção: realizar antissepsia da pele com solução alcóolica, fixar com adesivo estéril de maneira que permite avaliar a inserção do cateter.
  • Manipulação do AVP: sempre higienizar as mãos antes e após a manipulação do cateter; realizar a desinfecção das conexões com álcool 70%; avaliar a presença de sinal flogístico antes de cada manipulação; trocar o curativo sempre que necessário e proteger a inserção durante o banho; trocar o cateter a cada 96 horas; remover o cateter ao fim da terapia infusional, na presença de sinais de flebite, extravasamento e infecção.

Cateter venoso central:

Define-se por acesso venoso central o posicionamento de um dispositivo apropriado de acesso vascular cuja extremidade atinja a veia cava superior ou inferior, independentemente do local da inserção.

Tipos de cateteres venosos centrais:

–  cateter venoso central de inserção periférica (PICC)

– cateter venoso central de curta permanência (INTRACATH)

– cateter venoso central de longa permanência

                         – totalmente implantado: Portocath

                           – semi-implantado: Hickman ®Broviac ®

  • Escolha do local de inserção: devem-se basear na condição clínica do paciente, experiência do executor e indicação para a inserção. Dar preferência pelas veias jugular interna (VJI) e subclávia (VSC), dá-se preferência ao lado direito, pois a cúpula pleural é mais baixa (menor risco de pneumotórax), o trajeto até o átrio direito é mais retilíneo (menor possibilidade de mau posicionamento do cateter)) e o duto torácico desemboca na VSC à esquerda (menor risco de quilotórax). Passagem do cateter central deve ser realizada em ambiente cirúrgico, com exceção do cateter PICC que pode ser realizado em ambiente domiciliar desde que garantido a normas de segurança e assepsia.
  • Escolha das veias jugular interna (VJI) ou subclávia (VSC) reduz a chance de contaminação e infecção associada ao cateter quando comparada a veia femoral.
  • Manipulação: sempre higienizar as mãos antes e após a manipulação do cateter; realizar a desinfecção das conexões com álcool 70%; avaliar a presença de sinal flogístico antes de cada manipulação; trocar o curativo conforme protocolo institucional e proteger a inserção durante o banho;

Principais complicações relacionadas ao acesso vascular são:

  • Celulite
  • Tromboflebite
  • Septicemia
  • Endocardite
  • Flebite

 Fatores de risco relacionados ao paciente:

  • Idade < 1 ano ou > 60 anos;
  • Sexo feminino;
  • Perda de integridade da pele (psoríase ou queimaduras);
  •  Granulocitopenia;
  • Quimioterapia imunossupressora;
  • Foco infeccioso a distância;
  • Gravidade da doença de base;
  • Tempo de hospitalização;
  • Contato com cepas transportadas pelas mãos da equipe;
  • Umidade local

Fatores de risco relacionados ao cateter:

  • Tempo de permanência do cateter;
  • Habilidade do profissional de saúde na punção;
  • Localização;
  • Cuidados com o cateter;
  • Número de lúmens.

Fonte

https//: www.cdc.gov CDC – Health Infection Control Practices Advisory Committee. Guidelines for the Prevention of Intravascular Catheter-Related Infections. 2011

Brasil. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017

APECIH. Prevenção e Controle de Infecções Associadas à Assistência Extra-Hospitalar. Atenção primária, ambulatório, serviços diagnósticos, assistência domiciliar e serviços de longa permanência. São Paulo. 2019

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